[Resenha] As Vantagens de ser Invisível


“Mais íntimas do que um diário, as cartas de Charlie são estranhas e únicas, hilárias e devastadoras. Não se sabe onde ele mora. Não se sabe para quem ele escreve. Tudo o que se conhece é o mundo que ele compartilha com o leitor. Estar encurralado entre o desejo de viver sua vida e fugir dela o coloca num novo caminho através de um território inexplorado. Um mundo de primeiros encontros amorosos, dramas familiares e novos amigos. Um mundo de sexo, drogas e rock n’ roll, quando o que todo mundo quer é aquela música certa que provoca o impulso perfeito para se sentir infinito.”




Primeiramente, devo dizer que vi o filme primeiro e só depois de um tempo que fui ler o livro. Logo pretendo fazer um Cinebook sobre a obra, falando sobre a adaptação para o cinema, mas vamos nos focar no livro agora.

Escrito por Stephen Chbosky, o livro foi lançado no começo de 
fevereiro de 1999, e confesso que fiquei surpresa de nunca ter ouvido falar dele antes do filme ser lançado.

O livro é fino, bem curto, possui ao todo 223 páginas só. É aquele tipo de livro perfeito para uma boa leitura relaxante. Não é complexo, você pode ler tranquilamente em qualquer parte do dia, onde estiver.

A história é bem legal, tendo como narrador em primeira pessoa o nosso protagonista Charlie. Ele vai contando sua vida nas páginas em uma espécie de carta, como dito na sinopse, colocando a data de seus escritos toda vez.


"Então, esta é a minha vida. E quero que você saiba que sou feliz e triste ao mesmo tempo, e ainda estou tentando entender como posso ser assim."

Eu, particularmente, adorei o Charlie. Ele é diferente, bem ingênuo em certos temas que sua adolescência trata, e bem inteligente para muitas outras coisas. Como seu professor, Bill, mesmo disse, ele é especial. E independente de suas dificuldades, de seus problemas, Charlie nos mostra desde o começo do livro que tem um enorme coração.

Charlie começa a história nos contando que está iniciando o ensino médio, e com ele muitas inseguranças o assombram. Ele é uma pessoa mais solitária, não sabendo muito bem interagir com os outros a sua volta. Mas isso está prestes a mudar quando ele conhece Patrick e Sam que logo se tornam seus dois melhores amigos.

Patrick é um amor, não conheço uma pessoa que não se encante com esse personagem. Assim como o Charlie, ele também tem seus problemas, ainda mais quando tem que encarar o fato de ser homossexual e ter um namorado que não aceita “sair do armário”.

Sam é a irmã de Patrick e acaba se tornando o primeiro amor de Charlie. Ela, no entanto, não quer vê-lo de outra forma a não ser amigo (ah, a famosa “zona da amizade”). Mas Charlie não se deixa abalar por conta disso, ele prova que o amor que sente por ela é puro e que quer vê-la feliz acima de tudo, seja com ele ou não.


“Por que as pessoas boas escolhem as pessoas erradas?” “A gente aceita o amor que acha que merece”. 

Uma coisa interessante que notei nessa história é que além de tratar de temas adolescentes, como a escola, as drogas, bebidas, sexo e muitas outras coisas, a história também se trata da amizade.

Charlie, que até então nunca havia tido amigos dessa forma, se vê bastante feliz por finalmente ter Patrick e Sam ao lado dele. E justamente por ser algo novo na vida de nosso protagonista, ele não sabe como agir em vários momentos. Charlie se torna extremamente altruísta, não se importando consigo mesmo em prol de seus amigos. Acho bonito isso, mas acho que também precisamos saber moderar.

São pequenas e simples lições que a história vai nos dando sem que nos demos conta do fato. E é muito legal isso.

Não vou entrar na questão das drogas, bebidas, sexo e etc, pois esses temas são problemas básicos que todos estamos cansados de ouvir quando somos adolescentes. Mas o que digo é que a história aborda de maneira muito sutil essas questões, não deixando esses assuntos tão cansativos e maçantes como todos esperam que seja.

Bem, e no meio de tudo isso, o livro acaba nos revelando um mistério no final. Provavelmente, um dos fatores (ou eu diria, o principal fator) dos problemas sociais de Charlie, dos problemas dele interagir com tudo a sua volta. Eu confesso que quando fiquei sabendo pela primeira vez já suspeitava que algo estivesse errado, só que isso não me impediu de ficar surpresa quando soube. Achei triste, mas foi algo que retratou muito bem algo que pode acontecer na realidade.

Nada na história nos foge da realidade. Em momento algum. Você realmente acredita que uma história dessas possa acontecer com qualquer um. Você até se identifica com alguns pontos, como quando o protagonista nos conta da família dele, de como o avô é aquele homem que só sabe reclamar, mas que no fundo sente um orgulho danado dos netos... e coisas simples assim. Nós nos identificamos com um ponto ou outro do livro, e acho que isso é um dos motivos que o faz ser tão gostoso de ler.


"Sei que sou quieto, e que devo falar mais. Mas se soubesse as coisas que passaram pela minha cabeça, você saberia o que significou de verdade. O quanto somos parecidos, e como passamos pelas mesmas coisas."

Enfim, a história é um amor, foi impossível não me apaixonar por ela. Demorei a ler, mas sinto que foi um dinheiro bem gasto quando comprei o livro, não me arrependi.





2 comentários:

  1. Assisti o filme a algum tempo também e até então nunca tinha ouvido falar do livro (crônicas de gelo e fogo feelings), mas, desde então venho procrastinando sobre isso. Porém, por ser bem curtinho acho que vou por na lista como próximo livro.
    P.S.: Patrick é um amorzinho.

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  2. Tenho que ler!!! Tenho o book aqui em casa :)
    Bjs
    http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/

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