"Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor."
Antes de começar, devo avisar que esse é o segundo livro da série Divergente, portanto haverá SPOILERS do primeiro livro. Caso não tenha lido a resenha dele, clique aqui.
Insurgente é o segundo livro da trilogia Divergente de
Veronica Roth. E dado ao final do primeiro livro, o começo deste já é recheado
de ação. Aliás, é justo eu dizer que o livro todo tem muito mais ação e luta do
que o primeiro livro. Ele é agitado do começo ao fim, mesmo.
Depois de ver as facções desmoronando graças a Erudição,
Tris se sente perdida. Mas não é somente isso. Ela também viu ambos os pais
morrerem e acabou por matar um de seus amigos, Will. Tris está transtornada, em
choque com tudo o que passou, e um pouco perdida, sem saber que rumo tomar ao
certo.
Em Insurgente nós conhecemos um pouco mais sobre as outras
facções, além da Audácia e Abnegação que já havíamos visto no primeiro livro.
Tris está a caminho da facção da Amizade, junto com seu irmão, Caleb, seu
namorado Tobias, e o pai dele, Marcus.
Achei interessante saber um pouco mais sobre a facção da
Amizade, assim como a Franqueza também. São ambas muito interessantes, cada uma
bem diferente da outra. Mas tudo em Insurgente está ameaçado pela Erudição e
pela temida Jeanine Matthews que quer a todo custo caçar os divergentes, em
especial Tris.
"Ambos travamos uma guerra dentro de nós. Às vezes, isso nos mantém vivo. Outras vezes, ameaça nos destruir."
Honestamente, Tris é minha personagem literária preferida,
ela realmente me ganhou nesses livros. Aqui em Insurgente, ela está bastante
abalada com todos os acontecimentos, e deixa isso bem claro quando em uma
situação de ataque, se mostra incapaz até mesmo de levantar uma arma, pois ao
fazer isso se lembra de ter matado seu amigo Will. O choque da morte dele, a
culpa extremamente desenfreada, torna nossa protagonista um tanto quanto
autodestrutiva. Não é bem aquela personalidade altruísta dela falando dessa vez
quando vai a frente de todos para salvá-los ou algo do tipo, é seu lado
autodestrutivo falando. O remorso por ter matado uma pessoa querida é demais
para ela naquele momento, que simplesmente não pensa ao tomar atitudes
praticamente suicidas.
A verdade é que Tris não é um personagem perfeito. Ela
comete erros, muitos até. Mas tenta aprender com eles. Ela é cheia de
incertezas sobre a vida, sobre quem ela é e onde realmente pertence. Ela está
perdida, o que é completamente normal, visto a situação em que se encontrava e
pelo que já tinha passado.
Aqui muitas vezes temos Tobias para ajudar Tris a superar
seus problemas. Mas não é sempre que ele está disposto a isso. Não sei, preciso
dizer que fiquei um tanto decepcionada com ele neste livro. Eu gostava do
Tobias de Divergente, aquele cara misterioso, sexy e que achávamos invencível...
mas aqui ele se perde um pouco. Tem alguns atos dele que não concordei e
confesso que até me deu raiva. Ao invés de apoiar Tris algumas vezes, agia como
se a mesma fosse uma criança, ou pior, sentia a necessidade de protegê-la. Tris
pode ser pequena e estar em choque com tudo o que passou, mas sem dúvida ela
não precisa de alguém para protegê-la do mundo que está desmoronando a sua
volta. O que ela precisava mesmo era de alguém ao lado dela, para apoiá-la e
ajuda-la a superar seus problemas interiores, ajuda-la a não se sentir tão
culpada e autodestrutiva como estava.
Amo a Tris, a Divergente, que toma decisões independentes de lealdade a facções, que não é o estereótipo de uma facção. Mas a Tris que está fazendo de tudo para destruir a si mesma… não consigo amá-la.
Sei que muitas pessoas gostam do Tobias, e não estou dizendo
que o odeio nem nada do tipo. Mas acho que faltou um pouco de compreensão da
parte dele para com nossa protagonista. Me decepcionou um pouco suas atitudes
no decorrer da história, mas pelo menos no final aparentemente ele se deu conta
de como estava agindo e fez a coisa certa.
Na primeira resenha eu tinha comentado sobre o Caleb,
esperando ver mais a participação dele, esperando saber mais dele. Bem, aqui
sabemos um pouco mais sobre o personagem. Me pegou de surpresa em certos
momentos, mas ainda acho que ele esconde mais algumas coisas. Ele ainda é um
personagem misterioso, apesar de tudo. E espero conhece-lo ainda melhor no próximo
livro, pois aqui só me deixou surpresa e ainda mais curiosa com ele devido a
algumas atitudes que o personagem toma.
“Descobri que as pessoas são compostas de camadas e mais camadas de segredos. Você nunca as conhecerá de verdade, mas às vezes decide confiar nelas.”
Agora, falando sobre o final... uma amiga minha descreveu a
seguinte situação que se assemelha com o que você sente no final deste livro:
parece que você está de pé, olhando para baixo, onde tem um penhasco enorme.
Você se sente sem chão, e no fundo vê que a história na verdade só está
começando agora. Tudo o que passou não foi nada perante o que pode vir, que é
simplesmente enorme.
O final me pegou de surpresa, me fez ficar louca e querer o
próximo livro o mais rápido o possível. É enlouquecedor e me faz ficar admirada
com tamanha criatividade que a Veronica Roth possui.
Amei!
Oi, Gabriela!
ResponderExcluirAinda não li nenhum livro dessa série, mas todo mundo elogia muito então fico muito curiosa. Quero ler em breve. Acho as capas muito bonitas! :)
Beijos,
Rafa {Fascinada por Histórias}
Rafa, a história é linda! Se você curte distopias e personagens bem badass (haha) vai amar!
ExcluirObrigada pelo comentário :D
Beijos.
Olá Gabriela!
ResponderExcluirEu li mês passado esse livro e me apaixonei demais *-*
É simplesmente a minha distopia favorita <3
Estou com o último aqui para ler já, mas estou com medo do final ):
Ótima resenha!
Beijos,
Ana M.
http://addictiononbooks.blogspot.com.br/